21 de outubro de 2007

Um Cara Quase Perfeito (2006)



Não é segredo para ninguem que eu adoro começo e finais inovadores. Adorei isto em "O Grande Truque" e num mais novo exemplo "Um cara quase perfeito". Começos corajosos são dignos de nossa atenção. O começo de "Um cara quase perfeito" é realmente corajoso ; nos apresenta a primeira aula de diário, e consegue segurar o espectador na cadeira , isso além de não colocar o homem como o corno bobo que vai atrás da ex-mulher , algo cada vez mais presente neste tipo de filme.

Jack Giamoro (Ben Affleck) é um agente de atores que trabalha em Hollywood. Cheio de potencial, sua vida começa a desabar quando descobre que a esposa (Rebecca Romijn) está tendo um caso extra-conjugal. Seu inferno astral parece aumentar ainda mais quando seu diário é roubado por um jornalista, que está louco para revelar seus podres.

O bom deste tipo de comedia – vide Sideways – é o humor irreverente. O filme não tenta ser aquela comédia "forçada"(Todo Mundo em Panico 4 , Deu a Louca em Hollywood) , mas uma comédia inteligente (Sideways). Este é um grande fator no filme. O filme ainda não faz o espectador de bobo , e explica a trama logo no começo de forma bem apresentada. Aliás , a estrutura narrativa do filme é brilhante. O diretor Mike Binder(que também assina o roteiro) consegue criar um clima interessantissimo no filme , e ainda consegue a proeza de fazer o espectador se importar com seus personagens. As boas viradas de cena e sua montagem são excepcionais. As passagens de cena do escritorio do personagem de Afleck para o restaurante chinês, é de uma maneira simples , mas estéticamente impecável. O único problema é em alguns momentos as perseguições ao diário. O espectador chega a ficar indignado com tamanha displicencia de Afleck e seus sócios que não conseguem pegar o "tal" diário.

Em relação as atuações. Bem Afleck não é nem de longe o excelente ator , que precisaria para o papel ; mas mesmo assim consegue impor em cena o carisma que seu personagem deveria ter. Um ponto louvável. John Clesse ao contrario de Afleck não chega nem perto do carisma que o personagem deveria ter. Tanto que faz que o espectador torça para Afleck dar um soco em seu personagem durante a projeção. Infelizmente não acontece. Os socios de Afleck (Scott London , Gina Gershon , Kal Penn ) estão caricturais , mas não comprometem. Rebecca Romijn-Stamos está impecavel. Consegue conquistar o espectador a medida que vai conquistando o personagem de Afleck. Outro grande ponto nesta trama.

O filme realmente é uma surpresa agradável. Mike Binder consegue trazer uma vida no cotidiano para um filme realmente interessante. Depois de o assisti-lo não se culpe por chamá-lo por "Um filme quase perfeito" , que é realmente o nome que deveria chamar nesta critica , caro leitor.


(4 estrelas em 5)

2 comentários:

Reverendo FerAuZ disse...

Legal kra!!!

Valew pela dica.


Um grande abraço pra vc.

Karyne Lira disse...

Eita!!!

Preciso assistir!!!

boa semana!