23 de abril de 2008

Juno



A dois pontos para ver em Juno. Sendo mais exato ,duas cenas. A primeira é a cena em que Juno para com seu carro no meio da estrada , para refletir sobre tudo e poder chorar em paz. A outra seria a cena em que Juno escreve uma carta para a personagem de Garner , em que fala para esta ultima que pode ficar com o bebê.




Escrito pela ganhadora do Oscar , Diablo Cody. o filme
acompanha a trajetória da adolescente Juno MacGuff
(Page), que, certo dia, descobre ter engravidado
depois de uma única noite de sexo com seu melhor
amigo, o tímido Paulie Bleeker (Cera, de Superbad).
Depois de considerar brevemente a possibilidade de um
aborto, a garota acaba optando por entregar o bebê a
um casal que não consegue ter filhos, Mark e Vanessa
Loring (Bateman e Garner), sendo apoiada na decisão
por seu pai, Mac (Simmons), e sua madrasta, Bren
(Janney).

Voltemos a falar das duas cenas citadas no começo
desta critica. A primeira é absolutamente idêntica a
famosa cena do filme A Rainha. E a segunda é
extremamente familiar a cena final de O Invencivel ,
mas sem a dramaticidade do filme citado. O que podemos
ver neste caso , é que Cody copia cenas que já deram
certo e as encaixa de forma consistente na trama
fazendo com que o publico aprecie essas cenas sem se
lembrar de tê-las visto em outros filmes. Algo
excepcional por parte de Cody.

Outro fator importante são os dialogos da trama. Em
nenhum momento os personagens deixam de falar
palavrões e frases usadas em comum em seu dia-a-dia.
Ainda por cima somos apresentados aos pais de Juno que
falam do mesmo jeito que outros personagens mais novos
no filme. Um exemplo é a cena da mesa de jantar ,
quando o pai (interpretado por J.K. Simmons) começa a
falar os mesmos palavroes que sua filha diz no resto
do filme. Aliás , grande parte das risadas do publico
, vem por parte desta familia irreverente. Quando Juno
conta sobre sua gravidez ao seu pai e sua madrasta , é
impossivel segurar as risadas com a reação dos mesmos.


Juno apesar de ser falho em grandes pontos , como a
similaridade com alguns filmes , e tentar a todo o
tempo fazer uma piadinha ou outra para o espectador ,
que faz as vezes duvidarmos da verossimilhança da
trama. Juno tem o apoio de seu grande elenco.
Principalmente por parte de Ellen Page.

Depois de mostrar seu talento em Meninamá.com , Page
mostra aqui uma faceta totalmente diferente do filme
citado. O seu carisma. A naturalidade que encarna sua
personagem é digna de aplausos. Faz uma adolescente
como deveria ser feita. Vivendo a sua maneira , e
tentado demonstrar mais maturidade do que possui. Page
é o verdadeiro triunfo , ou a carta na manga de Cody ,
que se aproveitando do talento de Page , deposita a
naturalidade que a trama teria de haver fosse
“carregado” por Page até o final do filme.


Cody ainda tropeça em alguns clichês , como a paixão
adolescente da personagem-titulo por seu melhor amigo
, onde chegamos em um momento que Juno pergunta a seu
pai se o amor pode ser para sempre. Apesar de ser
piegas , é perguntado de maneira encantadora por Page,
que mais uma vez mostra que não é a madura , que tenta
mostrar durante toda a prijeção.
Bateman e Garner ainda estabelecem um ritmo
totalmente diferente a trama. Enquanto o personagem de
Bateman é parecido em muitos aspectos com a
personagem-titulo. Já que é sonhador e imaturo. Garner
interpreta a unica adulta realista da trama. Já que
batalha de todas as maneiras para ter o tão esperado
filho , e tenta mostrar para juno numa sutileza
incrivel do diretor Reitman o quanto ainda estaria
apaixonada ou disposta a manter seu casamento por
aquele filho. As brigas do casal só não acontecem da
maneira certa , porque Cody se esquece totalmente do
que estava propondo , nos proporcionando um
decepcionante desfecho para o destino do casal.

A direção de Reitman ainda é sutil e natural , ao
tempo que nem percebemos a câmera se mover de um lado
para o outro , e isso seria ainda mais elegante, se
não fosse a descuidada montagem , que em alguns
momentos prega peças em sua própria estrutura.


Juno é um filme ligeiramente superior ao seu maior
concorrente “Ligeiramente Gravidos” , mas
não por ser muito melhor. Infelizmente não. Mas sim
por seu elenco. Que cativa o publico em diversas
situações , o que ainda consegue a proeza de pedir que
seu espectador peça um bis , ao final da sessão.

(4 estrelas de 5).

4 comentários:

Rodrigo Fernandes disse...

Um filme que só vi elogios até o mommento, a grande zebrinha do Oscar desse ano e ainda não o vi, o pior veio aqui no meu cinema e perdi, que pena!! torço para que venha logo para as locadoras..
abraços!!!

Diego Moretto disse...

Acho a sensibildiade da trama escelente.... funcionou assim como Pequena Miss Sunshine. A sutileza no decorrer do filme, os dialogos comuns e conhecidos.. a atuação excepecional de Page e o carisma dos personagens nos conquista.....junto a um roteiro incrivelmente real e cheio de rebuliços. oq nos traz um humor negro do começo ao fim. É um filme que foge dos cliches, por isso deu tão certo. Minha nota é 5 de 5. O segundo melhor filme de 07 (só não superou Onde os Fracos Não tem Vez).

Anônimo disse...

Adorei esse filme...e concordo com o colega que comparou a sutileza do Pequena Miss Sunshine.
Bom ler suas críticas querido! Saudades...
Beijos

Salin disse...

Ótimo filme, mais prefiro a pequena miss sunshine, bem mais dramáticco e sarcástico.

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