31 de agosto de 2009

Bruno (2009)


Todos os anos têm – em minha opinião – um gênero que irá dominar os outros no decorrer do ano. Algum tempo atrás filmes de ficção eram geralmente os “tops”. Passou para o suspense com Sexto Sentido e Os Outros. E nos últimos anos tivemos surpresas gratas e irrepreensíveis por parte das comédias e do terror. Rec, Arraste-me para o inferno, e o Anticristo não eram filmes que entravam nos cinemas com grandes expectativas. Ao contrario eram as piores possíveis.

Pergunte para alguém que viveu os anos 70 e 80 em toda sua complexidade cinematográfica - em que como falado - filmes de ficção dominavam as telas inovando; o que filmes como Sexta Feira 13 e O Exorcista significavam. Geralmente um bom passatempo para levar a sua namorada para o cinema e se aproveitar dos sustos da garota. Não havia a necessidade de prestar atenção em sua história.
Isto mudou com o passar dos anos e a comédia também tomou o mesmo rumo que o gênero do suspense/terror: o sucesso.

Judd Apatow reacendeu a chama da comédia e além de criar histórias incrivelmente engraçadas (Superbad, Ligeiramente Grávidos), inspirou outros cineastas a fazerem filmes com temáticas semelhantes.

Mas um comediante surge durante este caminho nos proporcionado uma verdadeira inovação no gênero. Sacha Baron Cohen é seu nome. Ou talvez Ali G. Ou Borat. Ou Bruno.

Infelizmente – para o espectador – Borat torna-se difícil de ser utilizado mais uma vez; pois devido ao gigantesco sucesso de seu filme o pseudônimo acaba sendo reconhecido por onde passar, e não traz o clima de imprevisibilidade que o filme teria que ter. Aliás, este é o principal problema deste novo filme. A previsibilidade.

Enquanto a linha condutora de Borat era sua busca por Pamela Anderson, aqui o motivo de Bruno é a fama. E Bruno fará de tudo para consegui-la. Infelizmente o projeto fica roteirizado demais e perde o “fator x” que Borat tinha.

Se você prestar atenção no decorrer do filme tudo é muito ensaiado, tanto que os principais momentos do documentário falso são os momentos em que Cohen deixa a “peteca” para o entrevistado. Ron Paul é um exemplo claro disto.

Bruno ainda nos leva para cenas extremamente bem elaboradas ao longo da projeção como o programa de entrevistas em que Cohen mostra todo seu brilhantismo. Veja por exemplo como o ator não perde o rebolado diante de cenas inusitadas e engraçadíssimas. Ele mantém a linha e fica extremamente concentrado, como se acreditasse realmente no que fala. A cena das fotos e do Ipod toca neste ponto.
Cohen, aliás, é um gênio neste quesito. A sua composição de personagem, desde seu vocabulário até as roupas surpreendem.

Mas enquanto Borat nos traz espontaneidade e uma edição fabulosa , Bruno mostra previsibilidade e uma edição mal acabada. As cenas em que Bruno vai caçar ou tenta entrar num acampamento nos mostra isto. Mas o mais absurdo é a cena do ensaio fotográfico. Pois só quando vemos as fotos na entrevista que entendemos a cena. Bruno vai entrevistando pais de bebes para um ensaio e não vemos um desenrolar mais preciso na cena – foi exatamente nesta cena em que um casal abandonou a sala de cinema.

Ainda assim momentos incríveis estão presentes na trama e devo dizer que a cena de luta com a trilha sonora de Celine Dion choca não só o publico presente como o espectador. E nisto Bruno cumpriu sua missão. Chocar.

Mas no fim, a principal missão que Bruno tinha na trama que era fama. Não se concretiza. No filme sim, claro. Mas não fora das telas. Pois não vai haver no mundo um personagem de Cohen com a fama de Borat. E se espectadores saíram de suas casas para ver Bruno, era por saber quem estava atuando. “Sei. O novo filme do Borat, né?”, são perguntas feitas antes da sessão e o meu ver Bruno não conseguiu isto, atingir um publico fiel. Mas ainda assim não é uma comedia intragável, longe disto, é um dos bons exemplares que fomos presenteados este ano. Só que Bruna não instiga como Borat e se perde em alguns momentos. Seu final é a prova disto. Um final que relembra muito filmes como: “Guru do Amor” ou “Motoqueiros Selvagens”, e este é o pior comentário que poderia deixar nesta critica.


(3 estrelas em 5)

29 de maio de 2009

Beleza Americana (parte III)

Pode ser tanto Beleza americana quanto mulheres que nunca vamos ter...

É sempre bom voltar com séries antigas do blog...

- Jennifer Love Hewitt:

Em homenagem a série Ghost Whisperer que comecei a assistir a pouco tempo... Sem palavras por ela. Jennifer, casa comigo?















- Kristen Stewart:

Salva praticamente o filme todo do Crepúsculo... Boa atriz.

















- Carla Gugino:

Watchmen é uma obra prima, assim como sua Sally...

















- Rihanna:

Abri uma exceção para uma cantora... Sem palavras.















- Kate Winslet:

Fechando com chave de ouro, a melhor atriz deste ano por O Leitor.

Filmes vistos (nesse longo periodo) - 1ª parte

O titulo diz tudo... Muito tempo que não escrevo para o blog, mas agora estou voltando...

Star Trek( Idem , EUA , 20009. Dir: J.J.Abrams. Com: Chris Pine, Zachary Quinto, Leonard Nimoy, Eric Bana, Zoe Saldana , John Cho, Anton Yelchin and Bruce Greenwood). Um dos melhores filmes do ano. Impressionante técnicamente quanto artisticamente.(5 estrelas em 5)

Anjos e Demônios(EUA, 2009. Dir: Ron Howard. Com: Tom Hanks, Ewan McGregor, Ayelet Zurer, Stellan Skarsgård, Nikolaj Lie Kaas, Pierfrancesco Favino). Lendo o livro, verão que existe uma infinidade de erros presentes na trama se fizerem a comparação. Mas como ela acaba, inclusive ,se tornando um thriller mais intenso muitas vezes mais que o livro; o filme acaba criando uma identidade propria e se torna excelente neste quesito. Destaque para a explosão da antimatéria.(4 estrelas em 5)

X-Men - Origens: Wolwerine (EUA , 2009. Dir: Gavin Hood. Com: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston, Taylor Kitsch, Daniel Henney, Ryan Reynolds, Tim Pocock). Em muitos momentos chega a ser melhor que algumas partes do X-men. Mais ação, mais mutantes(mas não cometendo o erro do 3°) e bons personagens. Gambit, Ciclope, Blob , Wade, entre outros. Excepcional atuação de Scheiber e destaque para os minutos iniciais do longa, com as cenas das guerras.(4 estrelas em 5)

Bons filmes e na outra semana voltarei com mais blockbusters.

7 de abril de 2009

Dragon Ball Evolution


Lembro da primeira vez que li um manga (uma espécie de quadrinhos ao contrário), foi quando tinha mais ou menos uns 13 anos, era na excursão do colégio que estudava na época. Falo isso, pois o primeiro manga lido foi Dragon Ball. Acho que até hoje o único também. Dragon Ball era aquela história em quadrinhos que fisgava seu leitor da primeira a última página, e fazia com que nós esperássemos desesperadamente o próximo capitulo da saga. Então é com muita tristeza com que venho comentar hoje sobre essa coisa chamada Dragon Ball Evolution.

Como o próprio nome já diz, o filme desconsidera a manga e o anime, e traz uma verdadeira “evolução”. Nessa história Goku é um jovem rapaz que foi criado por seu avô e treinado nas artes marciais por ele. Em seu aniversário de 18 anos, Goku recebe do avô uma esfera do dragão - uma espécie de bola com quatro estrelas brilhantes dentro - que, segundo a lenda, quando reunida com as outras únicas seis esferas existentes no mundo, proporciona ao seu possuidor a realização de um único desejo. Quando ocorre uma tragédia que coloca a vida de várias pessoas em risco, Goku se reuni com seus amigos Kame, Bulma, Yamcha e Chi Chi e juntos eles partem em uma corrida para reunir as sete esferas do dragão, enfrentando diversas dificuldades que o colocam frente a frente com seu misterioso passado e com seu impensável futuro.

Eu ainda não sei qual é a minha reação mais aparente pelo filme. Se é tristeza ou se é pelo filme ser tão clichê que faria o filme Quarteto Fantástico ter orgulho do que mostraram. O jogador fortão do colégio tem uma namorada linda que dá bola pro maior perdedor do colégio, e o perdedor mostra toda sua força ao derrotar os valentões. Infelizmente é quase cômico como Chi Chi e Goku se conhecem. E ela se apaixonar pelo “Ki” dele é quase revoltante.

Fãs de Dragon Ball esqueçam tudo o que vocês sabem sobre a história. Goku não é a pessoa amorosa e ingênua que nós conhecíamos. Mas sim rebelde e enfadonho. Chi Chi é só um rosto bonito e até em suas lutas no torneio são pouco exploradas. Bulma e Yamcha fazem o casal mais tenebroso da história do cinema. Nem funcionando o famoso clichê de que os opostos se atraem, e Mestre Kame é uma comédia ( no modo ruim do adjetivo). Sem esquecer-se de Piccolo que em nada se parece com os personagens da manga.

O roteiro de James Wong é tudo o que não queríamos ter em um filme , e os efeitos especiais que poderiam ser um alivio , acabam sendo inferiorizados pela péssima qualidade do filme. Basta dizer que no roteiro de Wong , depois da trama do primeiro ato , o espectador já sabe o que vai vir nas próximas cenas até chegar ao final do filme.

Por fim Dragon Ball Evolution é o exemplo claro do que está por vir agora, com o “fracasso” em bilheteria de Watchmen. Se os fãs de quadrinhos e animes só esperavam o melhor daqui para frente nas adaptações, pensem duas vezes, pois chegamos ao fim do poço com essa mais nova adaptação. E a cena que mostra a casa do Mestre Kame é exatamente o que falo isto é um dos maiores descasos que já vi com uma adaptação na minha vida de cinéfilo. Dragon Ball Evolution, no meu ver é o que o cinema tem de pior nos dias de hoje.

(1 estrela em 5)

23 de março de 2009

The Spirit - O Filme


É uma pena. Mas depois de termos um ótimo ano para o cinema em 2008. Obras como: Onde os Fracos não têm vez, Sangue Negro e Na Natureza Selvagem, tomaram as telas e levaram algumas estatuetas. Este ano de 2009 está se mostrando um ano parecidíssimo com o de 2007. Onde poucos filmes nos deram um gostinho de obra-prima. Basta ver os filmes premiados no Oscar este ano. Difícil passar de aceitável. E agora nos chega este The Spirit comprovando que neste ano os roteiros foram definitivamente esquecidos em Hollywood.

Na história um ex-investigador novato da polícia retorna misteriosamente do mundo dos mortos como Spirit para combater o crime nas sombras de Central City. Seu arquiinimigo, o Octopus tem uma missão diferente: aniquilar a amada cidade de Spirit enquanto busca a sua visão pessoal da imortalidade. Spirit persegue esse assassino percorrendo os armazéns soturnos e esgueirando-se por catacumbas úmidas e pelas docas açoitadas pelo vento de Central City, enfrentando ao mesmo tempo um bando de beldades que querem seduzir, amar ou matar Spirit.
Numa onda de “quero-ser-sin-city” Frank Miller esquece-se totalmente de seu roteiro, e nos mostra apenas o que acha que queremos vê: belas mulheres, e um visual de tirar o fôlego. Pois aí está o maior erro do diretor. Basta ver que na história Miller nunca tenta mostrar um lado mais dramático dos seus personagens, o que parecia pelo trailer que teríamos no filme. Em vez disto temos atuações extremamente caricatas que nos fazem querer sair do cinema em seus primeiros 5 minutos de filme.

Samuel L. Jackson, por exemplo, nos mostra um dos piores vilões que vi nos últimos anos no cinema. Nunca colocando medo no espectador, Jackson tenta apelar o máximo que consegue para caretas e gritos. Deixando o personagem ainda mais irritante. E Gabriel Macht como Spirit faz um dos poucos heróis da história do cinema que definitivamente não nos importamos. Desde seus primeiros momentos em cena, Macth nos mostra que qualquer outro ator poderia ter feito coisa melhor. Só eu achei, ou o papel seria perfeito para o Clive Owen?

O que definitivamente salva o filme de um verdadeiro fracasso é sua brilhante fotografia. Investindo pesadamente em seu tom quase que artificial Miller consegue a única proeza de sua carreira no cinema. Sempre priorizando pelo visual do filme e apostando nas sensualidades de Eva Mendes, Scarlett Johansson, Jaime King e Paz Veja, Miller deixa o filme quase que aceitável. Basta lembrar-se das roupas coladas de nossas musas.

Logo quando saiu Watchmen, lembro que uma crítica, o enquadrou como um filme publicitário demais. Pois não vejo definição melhor para The Spirit. Se ficássemos só na publicidade investida no filme sempre com boas frases de efeito e fotos geniais de Scarlett Johansson e Cia , aí sim teríamos uma verdadeira obra prima. Pena que realmente temos que nos decepcionar um pouco mais com os filmes que estão chegando as nossas telas este ano. E agora? Qual vai ser o próximo?

(2 estrelas em 5)

11 de março de 2009

Watchmen


Watchmen é considerada um marco importante na evolução dos quadrinhos nos EUA: introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos ditos alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial, quando comparada às histórias em quadrinhos comerciais publicadas naquele país. O sucesso crítico e de público que a série teve ajudou a popularizar o formato conhecido como graphic novel , até então pouco explorado pelo mesmo mercado.

Escrito por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons (que fez o storyboard do filme, diga-se de passagem), Watchmen até hoje é cultuada no mundo inteiro como uma obra-prima.

Durante anos foi pensado que não poderia ser feita , que não deveria ser feita. Mas enfim fizeram, e o resultado está hoje em nossas mãos.

Numa versão alternativa dos EUA de 1985, na qual super-heróis fantasiados são parte da estrutura comum da sociedade, o mascarado Rorschach decide investigar um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. À medida em que ele se reconecta com sua antiga legião de combate ao crime - um grupo desorganizado de super-heróis aposentados, dentre os quais somente um possui verdadeiros poderes - Rorschach vislumbra uma ampla e perturbadora conspiração que está ligada ao passado deles e a catastróficas conseqüências para o futuro.

Primeiramente irei fazer uma confissão. Nunca li Watchmen. Pronto. Podem lançar as primeiras pedras. Não li ainda. Pois depois do filme vou ser obrigado a comprar. Dito isto, posso falar que não me incomodo com a mudança de final, já que não li a graphic novel .

Mas realmente Watchmen conquista. Não por seus efeitos especiais , ou por ser um filme divertido de super-herói. Porque divertido ele não é. É em alguns momentos impressionantemente assustador. Muda a faceta de um super-herói. Basta ver o “herói” comediante. Ele mata por prazer , comete todo o tipo de crime possível , e ainda assim é tratado como um “herói”. Com que definição? Pois além de ter matado uma mulher grávida esperando seu próprio filho , ainda tenta estuprar sua própria parceira em uma noite. É um personagem profundamente peturbado , que ainda não nos faz sentirmos aversão por ele. Mas , as vezes conseguimos até entender seu personagem. Não falo das cenas acima , mas de outras que nos mostra seu inconsciente.

Dito isso, Jeffrey Dean Morgan tem que se orgulhar muito de seu trabalho como o comediante , pois quando entra em tela consegue nos mostrar todas as facetas possíveis do seu personagem. Exemplo da primeira cena , em que sentimos profunda pena do destino de seu personagem , mas que ficamos com ódio mais tarde por atos do mesmo.

Já Matthew Goode nos mostra um Adrian Veidt totalmente seguro de si e de suas ações. Inclusive me consegue lembrar muito de Nicolae Carpatia , o suposto anti-cristo , na série de livros Deixados para Trás. Goode ainda nos faz acreditar em seu QI super desenvolvido , já quando este mostra o porque realmente veio ao filme. Patrick Wilson sempre excelente nos trás um Coruja , querendo reviver seus tempos de glória. Ao passo que Carla Gugino é apenas um corpo bonito.

A maior decepção do filme fica por parte de Billy Crudup que nos faz um Dr. Manhattan desmotivado com tudo. Nunca nos impõe medo ou sabedoria. Tanto que no ataque contra o Vietnam , nem ficamos muito assustados com o gigante queimando tudo e a todos. E quando este começa a ficar alheio a tudo damos graças a deus a sua retirada. Como um espectador falou do meu lado no cinema: “Que fique em Marte”.
Mas enquanto Crudup nos traz uma fraca atuação. Jackie Earle Haley faz uma extraordinária atuação como Rorschach. Desde o primeiro momento somos tomados pela fúria com que o personagem entra em cena na hora de uma investigação. Haley ainda nos mostra uma voz realmente assustadora , que nos faz lembrar muito da voz de Batman nos últimos dois filmes. O seu brilhantismo é mostrado em cenas como a do banheiro, a da prisão ou até mesmo a da procura por sua mascara.

É Zach Snyder diretor dos ótimos Madrugada dos Mortos e 300 , que assume este magnífico projeto. Snyder se controla nos seus tiques com a câmera, e mostra o filme na maneira como este tem que ser visto. Destaco as cenas de luta , a da porta do banheiro da prisão , e a cena inicial com o comediante. O único passo fora da linha que Snyder dá é em sua trilha sonora. Escolhida para fazer uma homenagem as musicas da época, quase em nenhum momento funciona sua trilha , e estava só imaginando como poderia ter ficado se Hans Zimmer de Batman Begins tivesse abraçado o projeto.

Watchmen é um filme para poucos.Muitos ainda não vão estar preparados para ver um filme feito por super heróis desta forma. Portanto já dou uma dica para os desavisados. Não é X-men e Cia. Não tem cenas clássicas de batalhas. Talvez até Watchmen seja o filme certo, feito no tempo errado. Pois este é um filme sobre reflexões. O que o mundo poderia ter se tornado, e o quanto chegaremos para atingir a paz mundial. E em um dos atos mais corajosos do cinema Snyder fez em sua cena final o que RA'S AL GHUL teria orgulho de ter feito. E deixará muitos saírem do cinema com a mente confusa, afinal ele estava certo ou errado? E finalmente algum filme nos pensar isto, e o que é mais interessante , é que foi um filme de “super-heróis”. E isto é a grande piada ao final de tudo, como diria o Comediante...

(5 estrelas em 5)


obs: alguns dados dos quadrinhos tirado da wikipedia.

High School Music 3


Quando fiz a crítica de High School Music 2 , coloquei o seguinte: “O filme continua no embalo do primeiro filme , mas agora o foco do filme é nas férias de verão dos garotos e seus empregos , e como sua vida pode mudar por uma bolsa”.

Já neste filme tem uma mudança: “O filme continua no embalo do segundo filme, mas agora o foco do filme é na formatura de colegial dos garotos e seus estudos, e como sua vida pode mudar por uma bolsa”.

É realmente incrível que um musical dure três filmes, para falar absolutamente a mesma coisa, nunca existe criatividade. A mesma forma é seguida pelo estúdio. Vejamos: A música da Gabriella está lá de novo. Cantando sozinha sem Troy ; a musica do time de basquete ; a peça teatral ; sharpay seguindo exatamente o mesmo plano dos outros dois. Então é realmente um alívio, que os atores do filme , por enquanto não tenham decidido fazer o quarto. Já até imaginaria o titulo: High School Music 4 – de volta as férias.

E provavelmente a trama seria a seguinte: “O filme continua no embalo dos primeiros filmes, mas agora o foco do filme é nas férias de verão dos garotos e seus empregos , e como sua vida pode mudar por seus estudos..

Dito isso posso copiar boa parte da critica do segundo filme, não é mesmo?

Não, ainda não, pois em matéria de atuação piorou.

As atuações são piores que a dos antecessores., e dá para ver que o filme muda de estilo , no primeiro que era centrado para crianças , no segundo eles já seguem mais o padrão adolescente , agora neste terceiro ele seguem mais o ritmo dos baladeiros ; uma prova disto é as próprias canções... Em quanto temos a personagem Gabriella cantando a canção When There Was Me and You no primeiro ; no segundo o ritmo sobe e a personagem canta a excelente musica Gotta Go My Own Way ; já no terceiro ela nos entristece de agonia com uma musica fraca a que nem me dei o trabalho de procurar o nome. Ela faz uma fraquíssima atuação se comparado aos dois primeiros.

Já Zac Efron parece que realmente cresceu como ator depois da safra de filmes que fez, e viu na besteira em que estava se metendo neste filme. Prova disto é o seu descaso com o personagem e que fim o mesmo levará, algo que fez justamente o oposto em Hairspray. Então se temos os dois personagens principais sem sintonia no filme que estão fazendo, temos um problema e dos grandes. O diretor faz o que qualquer um faria numa situação como esta. Focar em novos personagens, e alguém que salve seu filme.
Até achamos que Evans possa salvar, mas a sua história neste filme começa tão rápida quanto termina. O roteirista e o diretor se perdem completamente e nem acabam colocando a história de Ryan com seu par na maneira certa neste filme. Ashley como Sharpey faz o mesmo que nos fez outros dois filmes, caras e caretas para conquistar o publico jovem , e nem seu timing está tão preciso neste filme , como estava nos outros.

Fora a entrada desastrosa dos novos personagens. Onde selecionaram atores iguais aos principais para substituir os antigos quando estes desistirem dos próximos. Basta ver o papel que estes personagens têm no filme. Suplentes. Quase uma piada.

De fato coloquei no final da minha critica de High School 2 que como este é um filme infantil não devemos esperar demais. Até não espero muito mesmo. Mas diferente dos outros dois , quando realmente me diverti assistindo , esse não me conquistou nem com suas letras, nem com sua musicalidade e nem com sua história. E é esses três fatores que realmente fizeram os antecessores dar certo. Dito isso. Mudo minha visão sobre High School Music, nesta critica. Além de ser este o maior caça-níquel que a Disney fez nos últimos anos, este também é o porquê de muitos ainda não gostarem de filmes musicais.

(2 estrela em 5)

27 de fevereiro de 2009

Sexta Feira 13


É bastante irônico que o filme original da franquia sexta-feira 13 não tenha feito tanto sucesso quanto seus sucessores. O primeiro longa foi o único realmente bom filme, que tivemos nesta franquia. Temos um roteiro, temos personagens e facetas a serem desenvolvidas, e temos uma cronologia dramática. Os outros filmes são medianos para baixo. O máximo que Sexta-Feira 13 sempre teve em matéria de qualidade era os trailers, o assassino e a própria data a seu favor.

E quando foi escalado Marcus Nispel para direção do longa , confesso que fiquei mais tranqüilo. Nispel já tinha dirigido o excelente remake do Massacre da Serra Elétrica, filme que considero melhor que o original. E tinha provado seu talento em cenas de mortes, e também no ethos (caráter) dos personagens. Pena que aqui não comprova seu talento mais uma vez.

Na trama : tentando encontrar sua irmã desaparecida, Clay Miller resolve ir ao lendário acampamento Crystal Lake. Contra as recomendações da polícia e os avisos dos habitantes locais, Clay vai atrás das poucas pistas que tem, com a ajuda de Jenna, uma jovem que ele conhece entre um grupo de faculdade que pretende passar um emocionante final de semana no local. Mas, ao entrar nos domínios da floresta, eles estão prestes a encontrar o assassino que assombra Crystal Lake: Jason Voorhees.

Tudo de novo. Esse deve ser o pensamento da maioria dos espectadores que vão de novo ver um novo filme da franquia. Como eu falei , Sexta feira 13 nunca foi um excelente filme , mas sempre se beneficiou graças ao “carisma” do assassino Jason. Duvido que um espectador não goste de ver as mortes de facão feitas por Jason.

E Derek Mears consegue fazer bem este lado de Jason. As pessoas acham que fazer o personagem é fácil. Mas se enganam. O trabalho de Mears é complicado. Ele tem que assombrar as pessoas com o olhar e sua imponência em cena. Destaco a cena em que Jason percebe o sumiço de um personagem na caverna.

O resto do filme é um equilíbrio de erros e acertos. As primeiras cenas do filme, realmente são fabulosas. O flashback do primeiro filme funciona muito bem no recomeço da franquia que Nispel propõe. E acerta em cheio em seus primeiros personagens. Logo nos primeiros quinze minutos. Nispel nos pega de susto com sua seqüência. Mortes, caráter desenvolvido em poucos minutos – como já havia conseguido em Massacre da Serra Elétrica - , e seqüencia de cenas de erotismo para conquistar o publico adolescente. Se o filme acabasse neste pouco tempo, provavelmente iria o descrever como maravilhoso. Mas isto infelizmente não acontece, e então nós temos os erros.

Nispel e seu montador são bem descuidados nas viradas de cena. E as mortes nunca são vistas claramente, pela rapidez com que o diretor nos mostra. E na segunda parte do filme o que Nispel conseguiu fazer em pouco tempo anteriormente, não consegue fazer agora. Os personagens não têm uma gota de carisma, e só queremos que Jason chegue logo e acabe com a festa. O único acerto realmente desta segunda parte é algumas cenas da caverna em que Jason percebe uma fuga, e a fotografia que se encaixa perfeitamente na trama.

Nispel mesmo nos fazendo um filme decepcionante, consegue propor um recomeço na franquia, algo que acho que o remake Hora do Pesadelo não irá conseguir. Provou seu talento em algumas cenas, e realmente nos trouxe a volta do tão “querido” Jason. Espero que o diretor continue a franquia, pois finalmente acho que Sexta Feira 13 se encaminha para um ótimo filme de terror.




(2 estrelas em 5)

20 de fevereiro de 2009

Oscar 2009 (Previsões)

No ano passado comecei aqui no blog , a previsar o Oscar para vocês. Não é ser medium pessoal. O Oscar sempre muito previsivel , e vamos nos aproveitar.

Mas chega de papo. Mais um ano de Oscar , e mais um ano de intensas injustiças.
O Lutador , Batman , Duvida , Wall:E , entre outros. Esses são só alguns casos que o Oscar deste ano não é tão esperado quanto o ano passado. Se no ano passado tinhamos Onde os Fracos não tem vez , Sangue Negro , etc. Este ano temos só filmes razoaveis emocionalmete , mas esteticamente perfeitos. Como é o caso de Benjamin Button , por exemplo.

Vamos as previsões:

MELHOR FILME
Quem Quer Ser Um Milionário? *
Frost/Nixon
O Curioso Caso de Benjamin Button
Milk - A Voz da Liberdade
O Leitor

Quem Ganha : Dificilmente Quem quer ser um milionario perde a estatueta. Já ganhou diversos premios pelo mundo já , e é o melhor dos indicados.

Que passe Longe: Frost/Nixon

Quem deveria ser indicado: O Lutador , Batman - O Cavaleiro das Trevas , Dúvida , Wall:E , e Na Mira do Chefe.

Melhor diretor

David Fincher - O Curioso Caso de Benjamin Button
Ron Howard - Frost/Nixon
Gus Van Sant - Milk - A Voz da Liberdade
Stephen Daldry - O Leitor
Danny Boyle - Quem Quer Ser Um Milionário? *

Quem Ganha : Mais um para Boyle neste ano. Não tem como perder.

Que passe Longe: Ron Howard. Nada contra ele , mas sem condições.

Quem deveria ser indicado: Christopher Nolan por Batman ; Darren Aronofsky por O Lutador ; Andrew Stanton por WALL•E ; Steven Sondebergh por Che.

Melhor ator

Mickey Rourke - O Lutador *
Sean Penn - Milk - A Voz da Liberdade
Frank Langella – Frost/Nixon
Brad Pitt - O Curioso Caso de Benjamin Button
Richard Jenkins - The visitor

Quem Ganha : Mickey Rourke. Pode concorrer por fora Sean Penn.

Que passe Longe: Brad Pitt

Quem deveria ser indicado: Benicio Del Toro por Che.

19 de fevereiro de 2009

O Lutador



"Rourke acerta em cheio em todas as cenas de seu personagem"

Sempre quando irei falar de um filme de Darren Aronofsky – responsável por obras como PI, Réquiem para um sonho e Fonte da vida – , vejo o filme com meu dicionário em mãos. Por quê? Para achar novas palavras para descrever estes filmes, uma forma de inovação. Ficar sempre em adjetivos, como: Soberbo, magnífico , esplendoroso ; cansa tanto a mim quanto ao leitor. Nestas idas ao dicionário, encontrei um adjetivo ainda não usado para definir algum filme deste soberbo diretor, por minha parte. Suntuoso.

Adaptação do livro que Robert Siegel escreveu sobre Randy \"The Ram\" Robinson, um astro ficcional da luta - livre dos anos 1980. O filme nos mostra a trajetória deste lutador The Ram (Mickey Rourke) , que vinte anos depois do seu auge, segue fazendo a única coisa que sabe: lutar. Mas os tempos são outros, ele envelheceu, os fãs são poucos e o dinheiro é escasso. Mesmo assim segue se apresentando. Até o enfarto, depois de uma luta...

Forçado pelos médicos a interromper sua longeva carreira, ele começa a trabalhar no balcão de frios de um supermercado. Enquanto isso, tenta fazer as pazes com sua filha (Evan Rachel Wood) e procura algum alento romântico com uma stripper (Marisa Tomei). Mas surge, então, a proposta para uma luta com o seu maior rival, o Aiatolá (Ernest Miller), e fica difícil para The Ram resistir...

Alguém se lembrou de Rocky, um lutador lendo a sinopse? Eu, sim. A sinopse sugere uma comparação gigantesca com o filme do garanhão italiano. Com um único porém , a superação que Rocky sempre passava para o espectador não está presente de forma tão direta , como a sinopse faz a pensar. A superação de Ram nunca é mostrada para nós com treinamentos ou corridas. Ram segue um único propósito na vida que é continuar custando custe o que custar sem a esperança de um futuro bom. Muitas vezes dormindo no próprio carro, e vivendo de bebida e strippers.

O roteiro de Siegel se enfoca bem no lado humano de Ram. Desde o começo nos identificamos com seu personagem e com suas ações. Independente de quaisquer que sejam. Já que Ram nos mostra muitos defeitos também. Por exemplo, sua aproximação com a filha só depois do infarto, ou sua teimosia em continuar lutando contra a própria saúde. Ram nos mostra também que não é um lutador sedento por sangue como nos mostra nos ringues, mas uma pessoa que pode ser muito sentimental as vezes. Eis que surge Rourke.

Sem Michael Rourke provavelmente o filme de Aronofsky iria se perder num clichê e acabar como “Luta pela Esperança”. Rourke ator infelizmente desconhecido pela nova geração de espectadores , por ter uma carreira extremamente decadente dos anos 90 para cá. Rourke nos mostra a alma de seu personagem em mínimos detalhes ao espectador. Só vi duas atuações tão bem sucedidas neste quesito nos últimos anos. Heath Ledger como o Coringa e Javier Bardem como Anton Schugar.

Rourke acerta em cheio em todas as cenas de seu personagem envolvendo os sentimentos deste lutador. Desde a aproximação com a filha até seu envolvimento com uma stripper. E sua ultima cena devo dizer que me deixou paralisado, e se esta cena não é digna de ganhar uma estatueta, confesso que não sei o que a Academia procura.

Além de Rourke, outras duas atrizes se destacam também. Evan Rachel Wood mostra bem a barreira que a filha sempre coloca entre seus sentimentos por seu pai , enquanto Marisa Tomei faz um dos melhores trabalhos de sua carreira , a interpretar uma stripper extremamente ousada em todos os aspectos.

Já a trilha sonora do sempre extraordinário Clint Mansell nos relembra velhos tempos do punk rock, e sua indicação ao Oscar já está sempre garantida com as parcerias com Aronofsky. Basta lembrar-se de Réquiem para um sonho e Fonte da Vida.

Utilizando de uma técnica extremamente impecável, Aronofsky nos conquista agora , não com seus cortes sempre esteticamente irresistíveis , mas com a câmera na mão , sempre acompanhando seu personagem principal com a mesma inspiração. E aquele diretor extraordinário que um dia nos fez indagar sobre a equação matemática PI , que nos deixou em choque com sua obra-prima Réquiem para um sonho , e nos fez admirar sua obra-prima Fonte da Vida. Agora nos coloca em mãos um dos filmes mais emocionantes dos últimos tempos. Aquele que te faz pensar pode também te fazer chorar.

(5 estrelas em 5)