26 de março de 2015

Duas Irmãs, Uma Paixão

Die geliebten Schwestern, Alemanha, 2014. Direção: Dominik Graf. Roteiro: Dominik Graf. Elenco: Hannah Herzsprung, Henriette Confurius, Florian Stetter. Duração: 138 min.
Girando em torno de um ménage à trois sparskiano, Duas Irmãs, uma Paixão apresenta uma pequena província alemã, onde uma disputa pela atenção de um poeta chamado Friedrich Schiller influencia diretamente o relacionamento amoroso entre duas irmãs – Lotte e Line.
Desenvolvendo diálogos risíveis, como aquele em que uma personagem diz que não acredita ter a coragem necessária para amar ou quando outro diz que é importante para uma história de amor existir obstáculos, o trabalho do diretor Domink Graf tenta emular a sensibilidade épica de Joe Wright, mas sem a certeza do que está fazendo. Assim, a montagem confusa (as letras indicativas da época são de uma estupidez ímpar, inclusive) e os seus constantes closes são constrangedores. O mesmo se pode dizer da trilha sonora onipresente com seus tons agudos no piano tentando transmitir algo melancólico.
Por sua vez, ainda mais hilário, são as cenas escolhidas por Graf para produzir o melodrama da história de amor do triângulo amoroso. Desta forma, o poeta indo em direção à água sem saber nadar para resgatar uma criança é sabotada não só pela falta de tensão, mas pelo uso de um cachorro ao tentar gerar graça da situação. Além disso, as mãos dadas das irmãs para aquecer o rapaz só não conseguem ser mais bregas do que a narração sem sentido algum ou Schiller entrando numa sala como professor apenas para ser aplaudido.
Assumindo-se como um dramalhão de quinta categoria ao decorrer da narrativa, Duas Irmãs, uma Paixão é um filme leve, imaturo e inadequado. E é surpreendente que não seja o nome de Glória Perez ao aparecer nos créditos finais.
 

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